Fundado em 1894 por António dos Santos Rocha, o Museu Municipal atravessou vários períodos, atendendo à acção desenvolvida e aos critérios museológicos que presidiram às suas sucessivas reinstalações em diferentes espaços físicos.
Instalado provisoriamente na Casa do Paço, até 1899, funcionou mais tarde no edifício da Câmara Municipal. Até 1910, sensivelmente, o Museu viveu uma fase áurea, estendendo a sua fama além fronteiras.
A notável acção de Santos Rocha, os trabalhos da Sociedade Arqueológica da Figueira da Foz e as publicações inseridas no seu Boletim levaram a que o Museu Municipal se colocasse a par das melhores instituições científicas nacionais.
O grande enriquecimento das colecções - principalmente de pintura e escultura - verificado a partir de 1945, tornou inevitável a sua transferência para instalações próprias, o que viria a acontecer em 1975, dando início a todo um trabalho de reinstalação e estudo das peças, associado a um grande esforço de dinamização junto do público, colectividades e escolas.
O núcleo de Arte Indo-Portuguesa é constituído fundamentalmente por mobiliário, tecidos e pequenas esculturas, pretendendo mostrar as importantes e profundas influências orientais e ocidentais, tanto nas técnicas de fabrico como na forma e decoração, nas mais diversas formas artísticas.
Nas peças expostas é nítida a influência oriental na arte de embutir, onde se usam exclusivamente colagens, encaixes e espigões de madeira. Mas é na decoração que essa influência se torna mais relevante, sobretudo nos motivos utilizados: elementos vegetais e animais, motivos geométricos e estilização de diversas formas.
Entre as obras expostas encontram-se esculturas encontradas pelo fundador do Museu durante as suas escavações, ainda em finais do séc. XIX, outras depositadas pela Sociedade Arqueológica e, mais tarde, durante o ano de 1939 e a década de 40, um importante núcleo depositado pelas corporações encarregadas do culto católico nas freguesias da Figueira da Foz, quando o Museu era dirigido por António Vítor Guerra.
No seu conjunto traçam a evolução da arte da imaginária, desde o séc. XIVao séc. XVIII, destacando-se os trabalhos atribuídos a Mestre Pêro (séc. XIV), João Afonso (séc. XV) e Diogo Pires-o-Velho (séc. XV), nomes importantes da escultura gótica portuguesa.
Dos sécs. XVI-XVII é significativo o acervo de trabalhos que a influência do grande centro de escultura renascentista que foi Coimbra e do mestre francês João de Ruão.Dos finais do séc. XVII e do séc. XVIII apresentam-se belos exemplares em madeira, onde impera a policromia e a elegância.
Fotos: Nelson Afonso
Fotos: Nelson Afonso
Horário de Inverno(16 de Setembro a 31 de Maio)de 3ª a 6ª feira : das 9h30m às 17h15mSábados: das 14h às 19h
Horário de Verão(1 de Junho- 15 de Setembro)de 3ª a 6ª feira : das 9h30m às 17h15mSábados, Domingos e feriados: das 14h às 18h45O Museu Municipal encerra às segundas-feiras.
Rua Calouste Gulbenkian3080-084 Figueira da Foz
Sem comentários:
Enviar um comentário