Dólmen das Carniçosas


Adquirido para o Museu Municipal Dr. Santos Rocha em 1898, o Dólmen das Carniçosas, um monumento megalítico com mais de seis mil anos de história, foi considerado monumento nacional em 1910.

Em 2001, o megalito foi alvo de trabalhos de recuperação com o objectivo de revitalizar o monumento que se encontrava fora do circuito de turistas e viajantes, sendo que durante muito tempo nem sequer era fácil encontrá-lo pois não havia qualquer indicação no local da sua existência.

O dólmen, composto por átrio, corredor de acesso e câmara funerária, faz parte de um conjunto de cerca de 20 monumentos que se distribuem pela Serra da Boa Viagem e Serra da Brenha. Do espólio encontrado destacam-se três pontas de seta, uma em osso, dentes e ossos fragmentados localizados na mamoa.

o Dólmen das Carniçosas, situa-se na Serra das Alhadas (Figueira da Foz). Neste monumento megalítico é visivel numa galeria com cerca de 4,50 metros de comprimento, formada por dois renques de lajes erguidos paralelamente a uma distância de 1,75 metros e por uma câmara limitada a Norte por cinco lajes que se apoiam umas contra as outras.

Os dólmens são monumentos megalíticos tumulares colectivos (datados desde o fim do V milénio a.C. até ao fim do III milénio a.C., na Europa, e até ao I milénio, no Extremo Oriente). O nome deriva do Bretão dol = mesa e men = pedra. São constituídos por uma câmara formada por uma grande laje pousada sobre pedras verticais que a sustentam.

A câmara dolménica era um espaço sepulcral que, ao que tudo indica, se apresentava outrora sempre encoberto por um montículo artificial de terra, geralmente revestido por uma couraça de pequenas pedras imbricadas, formando aquilo que se designa por uma mamoa ou tumulo.

fotos: Nelson Afonso

Apesar da sua extrema importância, o Dólmen das Carniçosas está ao abandono, tendo mesmo sofrido em 2007 actos de vandalismo. Mesmo assim vale a pena uma deslocação ao local.

1 comentário:

zé lérias (?) disse...

Belo trabalho de divulgação histórica.